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PCP E PEV visitaram concelhos de Castanheira de Pêra e Pedrogão Grande

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O Partido Comunista Português e o Partido Ecologista os Verdes realizaram no passado dia 14 de Julho uma visita conjunta aos concelhos de Castanheira de Pêra e de Pedrogão Grande para acompanhamento da situação nestes dois concelhos do Distrito de Leiria após os grandes incêndios que afectaram a região do Pinhal Interior Norte.

A Delegação conjunta foi integrada por Ângelo Alves, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP e responsável pela Organização Regional de Leiria; Manuela Cunha, João Martins, e Sónia Colaço, membros da Comissão Executiva do PEV; Miguel Viegas, deputado do PCP ao Parlamento Europeu; Filipe Rodrigues, membro do Comité Central do PCP; Mónica Lopes, membro da DORLEI; Maria José e António Alberto, membros das organizações locais do PCP.

Do programa da visita realizada destacam-se, além de várias visitas a zonas ardidas e contactos com populações, as reuniões efectuadas com os Presidentes das Câmaras Municipais de Pedrogão Grande e Castanheira de Pêra; com as direcções dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pêra e de Pedrogão Grande e com a direcção da APFLOR – Associação de Produtores Florestais de Pedrogão Grande. A delegação teve ainda oportunidade de contactar com elementos da protecção civil municipal de Castanheira de Pêra e de associações envolvidas no apoio humanitário às populações afectadas pelos incêndios e ainda com representantes de sectores afectados pelos incêndios, como a apicultura.

Junto das entidades contactadas o PCP manifestou a sua intenção de continuar a acompanhar de perto a evolução da situação económica e social nestes dois concelhos, com a realização de visitas e contactos regulares, e de tudo fazer ao seu alcance para que no imediato não falte o necessário apoio na exigente tarefa de reconstrução e reparação dos imensos danos provocados pelos incêndios.

A DORLEI do PCP sublinhou, nos encontros realizados, a necessidade de centrar atenções em quatro aspectos centrais:

1 - O apuramento de todos os factos e causas relativos à ignição, progressão e combate aos incêndios e a necessidade urgente de maior apoio às corporações de bombeiros. Neste aspecto a delegação conjunta do PCP e do PEV salientou e valorizou o abnegado esforço das corporações de bombeiros, que actuaram sobre condições extremamente severas, e não habituais, de progressão de incêndio. Neste aspecto a DORLEI do PCP sublinha que para lá dos problemas resultantes do despovoamento e envelhecimento da população as corporações de bombeiros carecem de meios e apoios adequados a uma tão vasta e tão densa zona florestal, estando confrontados com a degradação de alguns meios, nomeadamente viaturas de combate, por ausência de apoios e respostas do Estado para a sua aquisição.

A DORLEI do PCP salienta ainda a necessidade de uma reflexão aprofundada sobre a articulação dos diversos actores envolvidos na protecção civil em cenários deste tipo. Salienta-se ainda a opinião recolhida junto de algumas das entidades contactadas quanto ao papel das forças armadas, elogiado e valorizado.

2 - A garantia do apoio imediato a todas as populações e sectores económicos produtivos afectados pelos incêndios e a definição de estratégias para rapidamente acudir a todos os que perderam não só os seus bens, mas também os que perderam os seus empregos ou os meios para a sua actividade como por exemplo na área da apicultura. De igual modo a DORLEI do PCP sublinha a importância da manutenção do apoio psicossocial aquelas populações. O PCP sublinhou ainda a importância central da adopção de medidas que previnam no imediato, e no quadro de uma época de incêndios provavelmente muito severa, novos incêndios e catástrofes desta dimensão.

O PCP salienta a importância da transparência e rigoroso escrutínio na aplicação das verbas recolhidas por acção da solidariedade do povo português, bem como o papel central do Estado e das Autarquias na definição das prioridades e concretização da sua aplicação.

A delegação do PCP entregou em mão, a todas as entidades contactadas, o Projecto Lei apresentado pelo Grupo parlamentar do PCP que estabelece um conjunto de medidas urgentes de apoio às vítimas dos incêndios florestais e de reforço da prevenção e combate aos incêndios (http://www.pcp.pt/estabelece-um-conjunto-de-medidas-urgentes-de-apoio-vitimas-dos-incendios-florestais-de-pedrogao).

3 – A aposta decisiva no cadastro, reordenamento florestal e medidas de protecção da floresta e do mundo rural. Uma política que, tendo em conta a importância da produção florestal naquela região, restrinja ao máximo possível os riscos de incêndios por acumulação de combustível, estude e implemente a diversificação das espécies florestais e a articulação da produção florestal com outras actividades como a agrícola, a silvicultura ou a apicultura, entre outras. Neste sentido a DORLEI do PCP sublinha a importância das duas resoluções entregues na Assembleia da República com propostas de soluções para a produção lenhosa (http://www.pcp.pt/propoe-solucoes-para-problemas-da-producao-lenhosa) e para a criação de um Programa para a redução e controlo da biomassa florestal (http://www.pcp.pt/criacao-de-um-programa-para-reducao-controlo-da-biomassa-florestal).

A DORLEI do PCP sublinha ainda como elementos centrais para uma correcta política florestal o papel central do Estado na preservação, ordenamento e gestão da floresta, com os meios financeiros e humanos adequados, nomeadamente na área da prevenção e protecção da floresta. A DORLEI do PCP salienta ainda a importância do envolvimento das diversas associações (florestais, agrícolas, de apicultores, silvicultores, de compartes, entre outras), autarquias e outras entidades (como as corporações de bombeiros) na definição das prioridades e acções e no acompanhamento da sua implementação. Nesta matéria a DORLEI do PCP registou com preocupação que a apenas a cinco dias de uma nova reunião do Governo com as entidades da região, pouco ou nada se soubesse sobre as linhas orientadoras e calendário do programa piloto de reordenamento florestal anunciado pelo Governo para a região do Pinhal Interior Norte, um programa que deve ser alvo de discussão pública e de acompanhamento por diversas entidades do Distrito, incluindo os partidos políticos.

4 – O desenvolvimento económico e social daqueles concelhos é um elemento central para evitar novas catástrofes como a que se abateu sobre aquela região. A DORLEI do PCP sublinha a importância da definição de um programa integrado para o desenvolvimento do Distrito de Leiria que termine com as enormes assimetrias de desenvolvimento que caracterizam a realidade deste Distrito. O despovoamento, a emigração forçada, o abandono da agricultura em função das políticas de destruição do mundo rural levadas a cabo por sucessivos governos e impostas pela União Europeia, a destruição de serviços públicos ao longo das ultimas décadas, são causas primeiras da dimensão da catástrofe que se abateu sobre aqueles concelhos.

A realidade de concelhos como os de Pedrogão e Castanheira de Pêra exige que se trate de forma diferente uma realidade que é diferente da de outras zonas do País, por via de discriminações positivas. O reinvestimento em escolas, em serviços e profissionais de saúde e outos serviços públicos, nomeadamente na área agrícola e florestal; os apoios ao investimento produtivo na região; o incentivo à fixação de populações, nomeadamente pela descentralização de serviços e institutos do Estado, ou por benefícios fiscais; a melhoria das vias de comunicação e de outras infra-estruturas; os apoios específicos a actividades económicas típicas desta região, são algumas das medidas que devem integrar um programa de desenvolvimento económico e social que inverta o ciclo de despovoamento e abandono do mundo rural que está também na origem da dimensão desta catástrofe.

Por fim as delegações do PCP e do PEV expressaram a todas as entidades e às populações contactadas a sua profunda solidariedade pelas vítimas e o compromisso de continuar a intervir em defesa dos interesses daquelas populações e pelo seu direito ao desenvolvimento em condições de igualdade com as demais regiões do País.

16 de Julho de 2017

O Gabinete de Imprensa da DORLEI do PCP

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Sobre o incêndio em Pedrogão Grande e concelhos adjacentes

NOTA DO GABINETE DE IMPRENSA DA DOR LEIRIA DO PCP

 

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Face à tragédia resultante do incêndio que afecta o concelho de Pedrogão Grande e outros concelhos adjacentes a Direcção da Organização Regional de Leiria do Partido Comunista Português:

 

1 - Expressa a sua profunda consternação pela perda de vidas nesta catástrofe – tão mais dolorosa quanto em tão elevado numero - e expressa os seus pêsames e sentimentos de solidariedade a todos os familiares e amigos das vítimas.

 

2 – Sublinha, valoriza e expressa o seu reconhecimento pelo abnegado e corajoso trabalho dos bombeiros e de outros profissionais da protecção civil, realizado em condições atmosféricas manifestamente difíceis e profundamente adversas à missão de combate a incêndios.

 

3 - Considera que as autoridades competentes, nomeadamente o Governo português, devem tomar todas as medidas adequadas à gravidade da situação e decidir celeremente de todos os apoios do Estado possíveis para apoiar os que perderam os seus entes queridos, as suas habitações, explorações agrícolas, florestais ou outros bens materiais.

 

4 - Informa que envidará esforços imediatos para, por via do Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República e dos Deputados do PCP no Parlamento Europeu, avaliar e canalizar todos os apoios que possam fazer frente aos prejuízos e danos resultantes da tragédia que se abateu sobre estes concelhos do norte do Distrito de Leiria.

Para tal uma delegação da Direcção da Organização Regional de Leiria deslocar-se-á hoje durante o dia às áreas afectadas para avaliar das consequências desta tragédia e das medidas a serem tomadas. De igual forma o deputado Bruno Dias integrará uma delegação parlamentar com o objectivo de avaliar a situação no terreno.

 

5 - A DORLEI do PCP sublinha que a tragédia hoje vivida, mais do que servir para dirimir argumentos sobre responsabilidades, deve obrigar à reflexão imediata e à decisão sobre medidas em três aspectos essenciais:

a) Os meios que a Protecção Civil tem ao seu dispor para o combate aos incêndios, tendo em conta o quadro climatérico que será, previsivelmente, bastante adverso, nomeadamente quanto a investimentos em meios terrestres e aéreos e outros equipamentos colectivos.

b) - As condições de intervenção dos operacionais que estarão no terreno durante as fases mais agudas da época de incêndios - nomeadamente quanto à formação ministrada;  aos equipamentos individuais; às condições materiais para o desenvolvimento das suas tarefas (designadamente quanto à valorização do pagamento às Equipas de Combate a Incêndios Florestais); e quanto à disponibilidade de meios humanos nas corporações de bombeiros tendo em conta os graves problemas sociais que persistem e o elevado nível de emigração com especial incidência nas regiões rurais

c) - O trabalho de prevenção de incêndios e defesa da floresta. Neste aspecto o PCP relembra a sua posição – atempadamente expressa - de que a “Reforma Florestal” do Governo PS não responde aos principais problemas da floresta portuguesa, significando uma continuação, no essencial, da política de anteriores governos, que por isso contribuirá agravar esses mesmo problemas.

 

6 – O PCP considera que uma das questões centrais para evitar tragédias como a de hoje é a inversão da tendência da desresponsabilização do Estado na gestão da floresta, na prevenção e combate a incêndios e no ordenamento do território e combate à desertificação.

É necessário inverter o esvaziamento humano de estruturas da Administração Central e a rarefacção de meios financeiros para a floresta e para o apoio à actividade agrícola. Nesse sentido a DORLEI do PCP reitera a sua condenação do encerramento de vários serviços da Direcção Regional de Agricultura no Distrito de Leiria.

É necessário valorizar a importância e o papel dos pequenos produtores e compartes dos Baldios, dar mais meios e poder de decisão às suas associações, dar resposta ao problema central do baixo preço do material lenhoso e assegurar o ordenamento da floresta, designadamente através da elaboração do Cadastro Florestal com os meios financeiros adequados.

 

7 - Os problemas da floresta portuguesa e as catástrofes como a de hoje não resultam apenas das condições climatéricas extremamente adversas que se verificaram no dia de ontem.

Decorrem também da destruição da pequena e média agricultura, do desaparecimento de muitos milhares de explorações familiares e da desertificação do mundo rural e do interior do País. Catástrofes como esta são ainda indissociáveis da aplicação da PAC e das suas desastrosas reformas, bem como do resultado de políticas agro-florestais, orçamentais e de serviços públicos contrarias aos interesses dos agricultores e do mundo rural.

18 de Junho de 2017

O Gabinete de Imprensa da

Direcção da Organização Regional de Leiria do PCP

 

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Apresentação de candidatos no concelho de Óbidos.

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REFORÇAR A CDU EM ÓBIDOS

 

A CDU – Coligação Democrática Unitária – PCP/PEV, apresentou no dia 4 de Junho os cabeças de lista à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal do Concelho de Óbidos e os candidatos a presidentes de junta do Olho Marinho; Gaeiras; e Sobral, Santa Maria e São Pedro. Em Óbidos a CDU tem crescido na sua intervenção na resolução dos problemas da população. Os eleitos da CDU têm desenvolvido uma intensa luta pela melhoria das condições de vida da população. José Rui Raposo, Cabeça de lista à Camara Municipal deu vários exemplos: A luta contra a municipalização da educação, pela melhoria das condições dos Centros de saúde do concelho, a luta pela modernização e requalificação da Linha do oeste, pela defesa da Lagoa de Óbidos e do Planalto das Cezaredas, pela requalificação do Património histórico do concelho entre outros problemas que foram resolvidos a partir da intervenção dos eleitos da CDU.

Dessa intensa intervenção e prestação regular da actividade desenvolvida, a CDU é reconhecida como a mais coerente força política do concelho na oposição à gestão do PSD. Uma força que não regateando esforços para denunciar o que está mal, pauta também a sua intervenção pela proposta. Seja nos Órgãos Autárquicos, seja ao lado das populações na luta a CDU tem tido uma larga intervenção na defesa dos serviços públicos e dos interesses do concelho. José Rui Raposo afirmou a confiança no reforço das posições da CDU, nomeadamente com a apresentação em breve de listas a freguesias onde até agora não tinha sido possível fazê-lo. A Cabeça de Lista à Assembleia Municipal destacou na sua intervenção o papel da CDU na Assembleia Municipal tendo realçado que mais força e mais votos à CDU significa a garantia de mais intervenção na defesa dos interesses dos trabalhadores e da população do concelho Óbidos.

A encerrar a iniciativa de apresentação de candidatos em Óbidos, Ângelo Alves, membro da Comissão Política do PCP, responsável pela Organização Regional de Leiria, salientou a importância local destas eleições, e sublinhou que num distrito marcado pela influência do PSD o voto na CDU é a melhor garantia para a construção de reais alternativas à gestão autárquica daquele partido. Apelando à participação de todos numa campanha de participação popular, Angelo Alves salientou que o reforço da CDU é, a par com a intensificação da luta dos trabalhadores e do povo, um importante factor para no plano nacional levar mais longe a reposição de direitos e rendimentos, abrindo caminho a uma ruptura com a política de direita e a submissão à União Europeia e à construção de uma política patriótica e de esquerda.

 

 Câmara Municipal de Óbidos
José Rui Rapos
59 anos Técnico sindical e formador em Segurança e Saúde no Trabalho. Licenciado em Ciência Política e da Administração. Membro do Conselho Nacional Florestal, em representação da CGTP-IN. Membro da Assembleia Municipal de Óbidos em regime de substituição. Cabeça de lista da CDU para a Câmara Municipal de Óbidos, nas eleições autárquicas de 2009 e 2013. Membro do Executivo da Direcção de Organização Regional de Leiria e da Comissão Concelhia de Óbidos, do Partido Comunista Português. Porta-voz da Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste.

 

 Assembleia Municipal de Óbido
Sílvia Maurício Correia
41 anos. Investigadora Pós-Doutorada na área da Infecção e Imunidade.
Membro da Assembleia Municipal de Óbidos, onde é líder do grupo municipal do PCP. Membro da Assembleia Intermunicipal da Oeste-Comunidade Intermunicipal. Membro da Comissão Concelhia de Óbidos, do PCP. Membro da direcção da Associação de Pais do Complexo Escolar do Furadouro.

 

 Assembleia de Freguesia do Olho Marinho 
Hélio Martins Santos
44 anos. Jardineiro. Militante do PCP. Membro da Comissão Concelhia de Óbidos e da Direcção de Organização Regional de Leia do PCP. Eleito na Assembleia de Freguesia do Olho Marinho, desde 2009. É dirigente associativo na Freguesia do Olho Marinho e activista na defesa do Planalto das Cezaredas.

 

 Assembleia de Freguesia das Gaeiras 
António Marques Ribeiro.
72 anos. Sociólogo. Militante do PCP. Exerceu funções de vereador na Câmara Municipal de Loures. É eleito da CDU, na Assembleia de Freguesia das Gaeiras, desde 2013. Foi dirigente associativo na freguesia das Gaeiras com destaque  para a sua participação na associação “O Socorro Gaeirense”.

 

 Assembleia de Freguesia de Stª. Maria/S.Pedro/Sobral
José Marques Leal
61 anos. Técnico Operativo de Estações de Tratamento na empresa Águas do Oeste. Candidato independente nas listas da CDU para a Freguesia do Sobral da Lagoa, em 2009 e para a Freguesia de Santa Maria/S.Pedro/Sobral, em 2013.

 

 

 

 

 

 

 

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