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CGTP encheu a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra

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Jornada Nacional de Ação e Luta da CGTP juntou duas mil pessoas em Leiria
 
       

CGTP encheu a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra
A CGTP- Intersindical Nacional realizou, no dia 16 de fevereiro, manifestações contra a austeridade e o desemprego em 24 cidades do País, incluindo Leiria e Santarém. Na cidade do Lis, os sindicatos conseguiram reunir cerca de duas mil pessoas, enchendo, nomeadamente, a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, uma das principais artérias da cidade. Os manifestantes percorreram a cidade, do Largo do Tribunal até ao Jardim Luís de Camões, onde decorreu a principal intervenção da tarde, a cargo de Ana Rita Carvalhais. 

   “A luta continua, Troikas para a rua”, “é preciso, é urgente, correr com esta gente”, “é mesmo necessário o aumento do salário”, “abaixo a austeridade, viva a liberdade”, “a luta continua, Governo para a rua”, “a Segurança Social é um direito, sem ela nada feito” ou “o povo unido jamais será vencido”, foram alguns dos slogans entoados nesta Jornada Nacional de Ação e Luta contra o desemprego e a austeridade.

   Ana Rita Carvalhais lembrou que Portugal já possui o 3º maior índice de desemprego da União Europeia e responsabilizou o Governo PSD/CDS pela atual situação, comparando-o a uma “comissão Liquidatária do País”, pois “despede os pais e nega emprego aos filhos.”

   
   
Pescadores de Peniche marcaram
presença  também em Leiria
A sindicalista defendeu que existe alternativa à austeridade, nomeada- mente, o empréstimo direto do Banco Central Europeu aos estados europeus em dificuldades, em vez do BCE emprestar o dinheiro aos bancos, para estes depois o emprestarem ao Estado, a juros bem mais elevados. Tal alteração levaria a uma poupança em juros de cerca de 800 milhões de euros por parte de Portugal. 

   Ana Rita Carvalhais defendeu ainda outras medidas alternativas aos cortes nos salários, pensões e direitos sociais, nomeadamente, “cortar nos 8 mil milhões de euros de juros usurários”, que o Estado português tem de pagar este ano, cortar nas parcerias público-privadas e na banca especulativa, bem como cortar na entrega de serviços públicos aos privados.

   A dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro defendeu a taxação das transações financeiras e dos dividendos das ações e a redução dos juros a pagar pelo País, bem como o alargamento do prazo de pagamento dos empréstimos do Estado, de forma a permitir o crescimento da economia. A sindicalista manifestou ainda a oposição do movimento sindical à privatização de setores essência ao País, como as águas, os Correios e a RTP, à liberalização da eletricidade e à extinção de freguesias, que limita o poder local democrático.

   
   
Ana Rita Carvalhais falou aos manifestantes
    A CGTP propõe medidas correspondentes a uma poupança/aumento de receitas do Estado de 14 mil milhões de euros que não implicam cortes nos direitos sociais, uma vez que são dirigidos aos mais ricos. Pelo contrário, propõe o aumento do salário mínimo nacional para 515 euros, para melhorar o poder de compra, dinamizar o negócio das empresas, aumentar as receitas e consolidar financeiramente a Segurança Social. 

   A Intersindical propõe também o aumento das pensões de todos os reformados e pensionistas, incluindo as pensões mínimas, bem como o reforço das prestações e apoios sociais. Defende ainda um programa de emergência de combate ao desemprego e a garantia do alargamento do subsídio social de desemprego a todos os desempregados que não tenham proteção social. 

   Ana Rita Carvalhais anunciou ainda que a petição em defesa dos serviços sociais promovida pela CGTP já conta com 25 mil assinaturas, apelando à adesão ao documento de forma a esse número seja multiplicado várias vezes, e lembrou que irá ser realizada a Ação Geral de Protesto, Proposta e Luta, a ter lugar nos meses de Fevereiro e Março, com a realização de greves, paralisações, concentrações e manifestações em todo o país, com expressão nos sectores público e privado, designadamente. 

 CGTP quer mais ricos a pagar a crise e manter os apoios sociais
                                                                              
Semana de luto e em luta, dos Professores, pela profissão e em defesa da Escola Pública, de 18 a 22 de fevereiro;
Jornada de Luta dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, no dia 20 de fevereiro;
Jornada de Luta Nacional dos Trabalhadores do sector da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo, no dia 21 de fevereiro;
Semana de luta em defesa do Sector Empresarial do Estado, de 27 fevereiro a 9 março;
Acção junto à Assembleia da República, promovida pela Comissão Promotora da «Água é de todos”, no dia 28 de fevereiro;
Greve dos trabalhadores da Rodoviária do Tejo, de 28 fevereiro a 6 de março;
Greve dos trabalhadores da CP e da CP/Carga, no dia 6 de março;
Greve dos trabalhadores da REFER, no dia 7 de março;
Greve dos trabalhadores dos Transportes Sul do Tejo, em 8 de março;
Dia Internacional da Mulher, com ações nos locais de trabalho e nas ruas, em 8 de março;
Manifestação Nacional dos trabalhadores e reformados do sector dos transportes, dia 9 de março;
Ação Nacional pela exigência da publicação imediata das portarias de extensão, em 12 de março;
Manifestação Nacional dos Trabalhadores da Administração Pública, dia 15 de março, em Lisboa;
Manifestação do Dia Nacional da Juventude, em 27 de março, em Lisboa.

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