sexta-feira, 29 março 2024

Trabalhadores

Reunião com a União dos Sindicatos de Leiria

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Uma delegação do PCP composta por: Saúl Fragata, membro do Secretariado da Direcção da Organização Regional de Leiria do PCP; Filipe Rodrigues, membro do Comité Central e do Secretariado da DORLEI do PCP; Bruno Dias, membro do Comité Central e Deputado na Assembleia da República pelo PCP, reuniu ontem dia 14 de Dezembro com a União dos Sindicatos de Leiria,naquela que foi a primeira iniciativa parlamentar do PCP no distrito.

Aprofundar o conhecimento sobre a situação social do distrito, prestar contas do trabalho realizado na Assembleia da República neste início de legislatura e dar a conhecer as propostas do partido foram os principais objectivos da reunião.

 

 

Esta reunião realizou-se naquela que foi a primeira iniciativa parlamentar do PCP no distrito, num quadro de início de legislatura e decorrente da formação do XVIII Governo Constitucional, da apresentação e discussão na Assembleia da República do respectivo Programa que, confirmam a disposição do PS de persistir nas mesmas opções e orientações políticas – comprometidas com os interesses do grande capital – que não só estiveram na origem da actual situação – agravamento da crise, desemprego, baixos salários e pensões, injustiças, corrupção – como conduziram à derrota da sua maioria absoluta. - No entender do PCP a situação social tende a agravar-se no plano nacional e também no distrito Leiria, caso o governo insista na mesma política. Mantendo a mesma orientação política o governo apenas acrescenta crise à crise. Numa perspectiva de agravamento da situação social o PCP entende que é de extrema importância recolher opiniões das pessoas que todos os dias lidam com os problemas de quem trabalha.  A reunião também serviu para o PCP prestar contas das acções já desenvolvidas nesta legislatura em relação a questões ligadas ao distrito e para dar a conhecer as propostas do nosso partido que a serem implementadas resolveriam muitos dos problemas que afectam os trabalhadores e o povo. Segundo a União dos Sindicatos de Leiria os principais problemas que afectam os trabalhadores do distrito são:   - A política dos baixos salários, o pagamento dos salários com atraso e o não pagamento de subsídios de férias e de natal e o ataque aos direitos e liberdades dos trabalhadores (como são exemplo os casos da Têxteis Moinhos Velhos em Porto de Mós, das Porcelanas Bonvida e da FAPOR na Batalha, da Val do Sol Cerâmicas em Porto de Mós e Pivô Confecções em Ansião);  - O encerramento (fraudulento) de empresas (como são exemplo os casos da Crialme Donna em Figueiró dos Vinhos, da Louçarte na Nazaré ou da NAVIPLAST na Marinha Grande);  - A aplicação abusiva do Lay-off, que muitas vezes é usado por empresas que não têm problemas financeiros, e serve apenas para liquidar postos de trabalho com vínculo efectivo, reduzir salários e atacar direitos dos trabalhadores (como foram os casos da Key-Plastics em Leiria, da Iber-Oleff em Pombal, da SIVAL em Leiria ou da Schaeffler em Caldas da Rainha); - A perseguição e repressão sobre os dirigentes e activistas sindicais (como acontece na Plastidom, nas Auto-Estradas do Atlântico ou na cadeia de supermercados do Inter-Marché); - A destruição dos serviços públicos;  Todas estas situações têm implicações gravíssimas na vida dos trabalhadores do distrito, na liquidação de postos de trabalho e na destruição de uma parte significativa do nosso tecido produtivo regional;   Segundo os dirigentes da USL, as instituições governamentais (Governo Civil, Segurança Social e ACT)   que deviam fiscalizar as ilegalidades que são cometidas não actuam e faz com que o patronato do distrito aja em regime de total impunidade. O Governo civil criou mesmo uma comissão para acompanhar estas questões que nunca chegou a funcionar. A União dos Sindicatos referiu ainda que numa altura em que tanto se fala em problemas no seio da família (como é exemplo a violência doméstica) é de lembrar que muitos dos problemas que surgem no seio familiar acontecem por questões insuficiência financeira para fazer face à vida, pela falta de estabilidade no emprego e por pressões dentro da empresa. Saudaram ainda a luta desenvolvida pelos trabalhadores do distrito na defesa dos seus direitos, pelo pagamento dos salários, na defesa das empresas e dos postos de trabalho (como aconteceu na Irmal, na Bordalo Pinheiro em Caldas da Rainha e na Louçarte). E daqueles que todos os dias lutam por melhores condições de vida e de trabalho, afirmaram com enorme convicção que só com a luta dos trabalhadores e das populações é possível uma vida melhor. Durante a reunião a delegação do PCP apresentou algumas propostas do partido que a serem aplicadas resolveriam muitos dos problemas do país: - No quadro de uma injusta distribuição da riqueza, a exigência da valorização dos salários e das pensões de reforma assume um eixo essencial. - A luta pela valorização dos salários, incluindo pelo aumento do salário mínimo nacional para 475 euros a 1 de Janeiro, bem como a exigência de um aumento para as pensões de reforma mais baixas, não inferior a 25 euros, constituem um factor indispensável para a elevação das condições de vida, mas também de dinamização económica. - Luta pela defesa do emprego, do trabalho com direitos, pela revogação das normas gravosas do Código do Trabalho e da legislação laboral da administração pública e o combate à precariedade. - O PCP considera necessário uma política de defesa da produção nacional – na indústria, na agricultura e nas pescas – associada a um elevado nível de investimento público reprodutivo, que estimule o crescimento económico, o desenvolvimento do País, defenda os interesses nacionais face às imposições da União Europeia e que dê particular atenção ao apoio ao sector cooperativo e às micro, pequenas e médias empresas.    Leiria, 15 de Novembro de 2009

 

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