quinta-feira, 28 março 2024

Posições Políticas

DORLEI

A DORLEI  do PCP, reunida no dia 24 de Outubro de 2009, analisou os resultados das eleições para as autarquias locais, procedeu a um breve balanço dos resultados para a Assembleia da República, avaliou a situação social e debateu as principais iniciativas e tarefas que se colocam ao Partido no distrito.

ISaudação aos militantes do PCP e a todos os activistas da CDU 

Seguros de que desenvolvemos uma extraordinária campanha eleitoral, quer para as legislativas quer para as autárquicas, dando continuidade ao trabalho de ligação aos trabalhadores, às populações e aos seus problemas e anseios, a DORLEI do PCP saúda todos os militantes e activistas que se empenharam com determinação nas campanhas eleitorais. Saúda igualmente toda a população do distrito de Leiria pela sua participação nos actos eleitorais e, em particular, aqueles que confiaram o seu voto à CDU.

 IIOs resultados eleitoraisCDU - uma força em crescimento 

Terminou o ciclo eleitoral com um resultado globalmente positivo da CDU no conjunto das três batalhas eleitorais. Travou com êxito e uma nova subida de votos nos planos nacional e regional no Parlamento Europeu. Apesar de não ter conseguido eleger nenhum deputado para a Assembleia da República, a CDU aumentou 1200 votos (aproximadamente 10% da sua massa eleitoral). Este é um dado que, aliado ao facto de o PS ter perdido cerca de 14 mil votos no Distrito e mais de 500 mil no plano nacional, confirma o sentido de condenação da política de direita por si desenvolvida, a esperança numa vida melhor e a CDU como uma força em crescimento continuado no distrito.

 

No plano autárquico, não negligenciando a perda da Câmara Municipal da MarinhaGrande, onde a CDU mantém no entanto o mesmo número de vereadores e a presidência da Junta de Freguesia da Marinha Grande, a CDU atingiu os objectivos definidos para o distrito de Leiria - mais votos e mais mandatos - estendeu a sua presença a mais concelhos (como são os casos de Óbidos e Porto de Mós onde voltou a ter representantes nas respectivas Assembleias Municipais), elegeu pela primeira vez ou recuperou mandatos em várias freguesias, consolidou e reforçou a maioria em Peniche e conquistou novas maiorias em freguesias deste concelho.

 

A perda da presidência da Câmara da Marinha Grande, constituindo um elemento negativo, não está desligada das condições concretas em que a CDU exerceu o seu mandato, de que se relevam: o facto de o PS, em 2005, ter deixado a Câmara sem dinheiro e sem capacidade de endividamento e de ter assumido uma postura não de oposição credível e séria, mas sim de uma força bloqueadora que colocou à frente dos interesses do povo da Marinha Grande os seus interesses partidários; a existência de uma comunicação social que, dominada pelos interesses instalados, tudo fez para denegrir e deturpar a verdade, a obra e realizações da CDU e beneficiar as restantes forças políticas, designadamente o PS e o chamado movimento de cidadãos, recém-criado. 

 

Este resultado eleitoral, sendo insatisfatório, confirma contudo a CDU como uma força autárquica de grande prestígio e expressão da verdadeira alternativa para o futuro, não apenas no concelho da Marinha Grande, mas também em outras autarquias do Distrito. Confirma a CDU como um espaço de participação e convergência democráticas que importa animar e manter no quadro do prosseguimento da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e das populações e pelo desenvolvimento e progresso do distrito de Leiria.

 IIIAgrava-se a situação social no distrito 

Durante este período fortemente polarizado nas batalhas eleitorais prosseguiu a ofensiva contra o direito ao trabalho e ao salário. Ás escondidas dos trabalhadores e de forma ilegal, o patronato sem escrúpulos encerrou a empresa NAVIPLÁST, na Marinha Grande, retirou máquinas e equipamentos lançando no desemprego mais trabalhadores. Situação análoga ocorreu na têxtil CRIALME DONNA, em Figueiró dos Vinhos onde, depois da aplicação do lay-off, os trabalhadores viram as portas da empresa ilegalmente encerradas. Na LOUÇARTE, empresa situada em Valado de Frades (Nazaré), a administração, depois de pedir sacrifícios aos trabalhadores para manter a laboração e satisfazer encomendas, não paga os salários há três meses, deve o subsídio de férias, retém os descontos para a segurança social, rescinde com trabalhadores sem lhes pagar as indemnizações devidas e aponta, em conluio com o IAPMEI, para o processo de insolvência enquanto, ao que tudo indica, desvia encomendas para uma nova unidade. Dezenas de empresas, vendo os seus lucros diminuir, abusaram da aplicação do lay- off, de duvidosa legalidade em muitos casos. Em várias empresas os trabalhadores não são aumentados há vários anos, enquanto outros têm salários e subsídios em atraso, vendo assim as suas condições de vida cada vez mais degradadas.

O número de trabalhadores desempregados e sem direito a subsídio de desemprego cresce ao ritmo do aumento dos pólos de miséria e de pobreza. Dezenas de micro e pequenas empresas do comércio e serviços, confrontadas com a falta de apoio do governo e a falta de poder de compra dos trabalhadores, encerram as portas.

Este é o resultado da política de direita que assola o país e a região há muitos anos. 

Mas os trabalhadores, como são exemplo os da LOUÇARTE, lutam e resistem, exigem os seus direitos e a manutenção das suas empresas.

 IVA luta é o caminho 

Num momento em que é anunciada a necessidade de contenção do défice público, sendo previsível um novo ataque aos serviços públicos e aos trabalhadores que os prestam, em que se avizinham novos e agravados aumentos das tarifas eléctricas em que os trabalhadores, os pensionistas, as micro, pequenas e médias empresas, serão duramente atingidos. Num momento em que o patronato já acena com a ideia do congelamento dos salários e até da regressão dos salários reais e a não actualização do Salário Mínimo Nacional torna-se imperioso unir esforços e vontades para travar a nova onda que, embrulhada em promessas e medidas laterais, procurará prosseguir a política de direita.

 

Alargar a luta é uma condição indispensável para a defesa dos direitos dos trabalhadores e das populações, para a ruptura com a política de direita e a mudança necessária e urgente, para uma política que tenha como principal prioridade a valorização do trabalho e dos trabalhadores, o desenvolvimento e fixação do aparelho produtivo regional, o aproveitamento cabal das potencialidades naturais e do património edificado do distrito.

 

Nesse sentido, a DORLEI do PCP apela a todos os trabalhadores e a toda a população para que não se deixe enganar pelo cheiro gostoso e inebriante da rosa ( PS) e da laranja ( PSD), ou pela palavra fácil e demagógica dos tons azuis do CDS- PP. É com o saber adquirido pela vida que a resposta tem de ser dada a toda e qualquer tentativa de privatização dos serviços públicos da saúde, da educação, da água e do Pinhal de Leiria, património da nossa História e do povo da região.

 VReforçar o partido, tomar a iniciativa política 

A DORLEI do PCP considera ser imperioso relançar a campanha “ Avante por um PCP mais forte”. O reforço do PCP e da sua organização constitui o elemento central e decisivo para a defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores e das populações e para o futuro de desenvolvimento do distrito.

 

Assim, a DORLEI coloca a todos os militantes, organizações e organismos a urgente e inadiável tarefa de aumento da militância e participação na vida democrática do Partido, o recrutamento, o reforço da acção e intervenção junto da classe operária e dos trabalhadores e o alargamento da intervenção e participação nas organizações sociais dos trabalhadores e das populações com vista ao seu reforço e carácter unitário.

 

A DORLEI conclui pela necessidade do desenvolvimento de uma acção geral de contacto com os membros do Partido durante os meses de Novembro e Dezembro, apelando à regularização da sua quotização.

 

A DORLEI decide promover, em 14 de Novembro, um jantar distrital denominado “ Avante por um PCP mais forte!” em que se incorporam, entre outros elementos, a comemoração dos 92 anos da Grande Revolução Socialista de Outubro de 1917, na Rússia.

 

A DORLEI aponta para o primeiro semestre de 2010 a realização da VIII Assembleia da Organização Regional.

 

A DORLEI decide promover, até ao final do ano, uma campanha junto da classe operária, de todos os trabalhadores e de outras camadas da população do distrito com o objectivo de dar a conhecer as propostas do PCP para a melhoria das condições e qualidade de vida e para a defesa dos direitos conquistados.

  

24.10.09

 

A Direcção da Organização Regional de Leiria do PCP

    

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